Estar só no meio da multidão, parecer invisível, sentir-se insuficiente, incapaz para tantos problemas. Será que os outros sabem aonde vão? Será que são mais felizes? Então vem aquela saudade de lugar nenhum, aquela dor de suspirar, o desejo de um abraço apertado. Tem hora e demora que a gente precisa de alguém para confiar. Voltar para o berço não dá, mas seguir em frente o que é? Ficar com um, com dois, com dez e não sair do lugar. Abraçar, beijar, pegar e rolar – é só isso ou tem mais? Talvez tivesse, mas ficou para trás. Então o negócio é dar o corpo em troca do coração. O corpo vai e o coração também. Fica o resto.
E você, como fica? A maioria prefere antes mal acompanhado do que só. A companhia diz quem você é, o que você faz, o que veste, escuta e vê. Bom ou mau. Assusta mais a solidão do que a imposição.
“Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo: — O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos.” Mt 13.31-32
Para Jesus a história pode ser diferente. Mesmo sentido que é pouco, você começa sendo uma árvore – cresce e tem o que oferecer, então muita gente quer estar com você. Tudo muda quando você muda. A árvore cheia de frutos não fica sem companhia. Quando nos aproximamos das pessoas para receber, nossa posição será frágil, nossa condição será de dependência. Nesses casos, o preço da companhia pode ser alto demais. Quando não gostamos do que recebemos é melhor olhar o que demos. Quando nos aproximamos para oferecer é melhor. Dar é melhor do que receber. Você pode se concentrar no que vai oferecer ao invés de pensar no que quer ganhar. Você pode estender a mão primeiro, pode abraçar antes, pode ouvir mais. Você pode ser amigo de quem precisa ao invés de precisar.
Fonte: Melhor Amigo
Publicado por OneHope
Santo André-SP
